É verdade...É verdade...

Uma amiga escreveu isto:

"Será que somos capazes de amar e viver ao lado de alguém que sempre viveu numa outra realidade? Será o amor um catalizador tão eficaz que anula diferenças de princípio? De entre todas as diferenças quais são as realmente inultrapassáveis?

Percebi, com o passar dos tempos e algumas nódoas negras emocionais, que o amor não resolve tudo, aliás, no mais das vezes, nem sequer ajuda nada. Serve apenas de analgésico (de qualidade duvidosa) e atordoa-nos os sentidos, permitindo-nos continuar a viver num estado de semi-vigília enquanto tudo o resto se vais desmoronando e perde qualquer sentido. Quando acordamos, geralmente com uma ressaca monstruosamente acumulada, já nem nos lembramos das razões que nos levaram ao patamar onde agora estamos, e que nos parece, apenas, desconfortável, e constrangedor, como uma saia demasiado curta, que não nos cobre o suficiente para estarmos socialmente confiantes.
É este o resultado de tentar combinar pessoas com interesses e circunstancialismos totalmente distintos.

[...]

Eu não sou só aquilo que sou de alguém, eu sou sobretudo aquilo que faço, e ainda mais, aquilo que quero.

E o que eu quero é um homem que eu possa admirar e que me faça querer estar em bicos de pés para chegar até ele, não alguém que eu tenha de me baixar para tentar perceber.
Descobri, que no amor, ao contrário da vida, tenho vertigens, e raramente gosto do que vejo quando olho para baixo... Pior, o mais certo é perder o equilíbrio e, invariavelmente, estatelar-me..."

in Mel com Cicuta

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